A região é montanhosa, contudo a altitude na zona sul é menos elevada. Os 20 mil hectares de vinhas situam-se maioritariamente entre os 400 e 700 metros de altitude e desenvolvem-se em solos xistosos (na zona sul da região) ou graníticos de pouca profundidade. O clima no Dão tem a influência continental; os invernos são frios e chuvosos enquanto os verões são quentes e secos.
As lagaretas, escavadas na dura rocha granítica, e alguns vestígios da presença romana, testemunham a tradição milenar da produção de vinho na região. A forte implantação de ordens religiosas permite atribuir aos monges agricultores da idade média a origem do saber popular do cultivo da vinha e fabrico do vinho.
As vinhas estão instaladas em terrenos de baixa fertilidade, predominantemente graníticos com diversos afloramentos xistosos que surgem a sul e a poente da Região. Ainda que se encontre implantada em altitudes que rodam os 800 metros, é entre os 400 - 500 que vegeta em maior quantidade.
A área geográfica correspondente à Denominação de Origem Controlada possui as seguintes sub-regiões: Besteiros, Silgueiros , Castendo , Terras de Senhorim, Terras de Azurara , Alva e Serra da Estrela.
A nova região designada por Terras da Beira ocupa a parte interior do centro de Portugal e apresenta a mesma dimensão geológica e grande similitude de castas, se compararmos com as Terras do Dão. Nesta região de boa fruta de árvore, entrecortada por outros vales acentuados como o Côa, a Norte, ou o Zêzere, a Sul, produzem-se vinhos de grande concentração, certificados como IG Terras da Beira ou como DOC Beira Interior, numa das suas 3 sub-regiões: Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira.