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Descubra os vinhos monocasta

Os vinhos monocasta são elaborados a partir de uvas de uma única casta. Saiba o que são castas e quais as nossas sugestões!

Atualizado a 25/01/2023

Arinto, Antão-Vaz, Aragonez, Touriga-Nacional. Provavelmente, já se deparou com uma destas designações ao escolher um vinho. Mas afinal, o que significam e de onde provêm estas castas e o que são os chamados vinhos monocasta?

O que são vinhos monocasta?


Quando dizemos que um vinho é monocasta, quer isto dizer que é elaborado a partir de uvas de uma única casta. Para além de monocasta, podemos também chamar de monovarietal. Mas porque se dá o nome de “monocasta”?

A palavra casta deriva do latim castus, que significa puro ou sem mistura.

O termo “casta” foi adotado pelos viticultores portugueses com o intuito de identificar de forma genérica as centenas de variedades de uvas indígenas e importadas. A grande diversidade de castas únicas que a vinha Portuguesa possui serviu a ancestral técnica de vinificação através do loteamento ou mistura de castas. Mais, a arte do lote é uma marca da enologia nacional e reconhecida mundialmente.

Os vinhos portugueses, na sua maioria, são fruto de lotes de várias castas e a separação das mesmas na vinha e na adega é um processo técnico muito usado em Portugal. Tudo isto para possibilitar conseguir vinhos da mais alta qualidade.

O que são castas?


As castas estão identificadas no rótulo ou etiqueta da garrafa de vinho. É através dessa informação que é possível saber qual ou quais as castas que o vinho possui.

Em vinhos monocasta, é comum encontrar as castas Alvarinho e Loureiro, nos Vinhos Verdes, as castas Arinto em Bucelas, Encruzado no Dão, Castelão na Península de Setúbal ou Baga na Bairrada. São também cada vez mais frequentes vinhos monocasta de variedades francesas, que permitem descobrir novos aromas e sabores, como o Sauvignon Blanc, o Syrah ou o Cabernet Sauvignon.

Castas brancas em Portugal


Portugal é um dos países com maior área de produção de vinhos a nível mundial e conta com uma variedade invejável. São mais de 250 castas de uva autóctones e mais de 30 Denominações de Origem Protegida (DOP). Esta riqueza nacional é amplamente reconhecida a nível internacional, e este património único é liderado por castas brancas, como Arinto, Fernão-Pires (ou Maria-Gomes) e Roupeiro (ou Síria ou Crato Branco).

A estes juntam-se variedades mais locais, como o Encruzado no Dão, Códega-do-Larinho no Douro e Trás-os-Montes, Rabigato e Viosinho no Douro, e Fonte-Cal na Beira Interior. Além disso, merecem destaque outras castas como Trincadeira-das-Pratas, mais conhecida por Tamarez, no Tejo e Alentejo, Bical ou Borrado-das-Moscas na Bairrada e Dão, Antão-Vaz no Alentejo ou Arinto-dos-Açores e Verdelho na Madeira e Açores.

Há também variedades ibéricas brancas, como o Gouveio (ou Verdelho no Alentejo), Loureiro ou Alvarinho. E as castas internacionais, como Moscatel-Graúdo, Moscatel-Galego, Malvasia-Fina, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Viognier ou Riesling.


Como escolher vinhos brancos monocasta


Para acompanhar petiscos, saladas, mariscos, pequenos peixes e alguns queijos frescos ou de pouca cura, sugerimos que opte por brancos mais leves e sem madeira, usuais nas regiões atlânticas, do Vinho Verde, Bairrada e Lisboa. O verde branco Albenaz Jardim Secreto Premium DOC, ou o Contemporal Loureiro DOC são ótimas opções.

Escolha brancos densos e carnudos, usuais no Dão, Douro ou Beira Interior, para harmonizar com peixes de forno, bacalhau de salga, aves, queijos intensos e curados, ou enchidos como a alheira. Prefira vinhos de fruta expressiva, típicos da região do Tejo, Península de Setúbal, Alentejo, ou Algarve para peixes médios, como dourada ou robalo, massas, arrozes, cataplanas e queijos de meia-cura. Na garrafeira Continente, irá encontrar, com estas características, o Valmaduro Sauvignon Blanc Premium Regional Lisboa, o Vinha da Valentina Viosinho Regional Península de Setúbal.

Castas tintas em Portugal


As castas tintas lideram em Portugal. Destas, as de maior relevo são a Touriga-Nacional e Trincadeira.  A estas podemos juntar as castas mais regionais Touriga-Franca (Douro), Sousão (Douro e Minho, conhecida por Vinhão), Baga (Bairrada), Castelão (Península de Setúbal, Tejo, Alentejo e Algarve) ou Moreto (Alentejo). Das variedades ibéricas tintas encontramos a Aragonez (ou Tinta-Roriz), e das internacionais a Alicante Bouschet, Syrah, Cabernet Sauvignon ou Pinot Noir.

Como escolher vinhos tintos monocasta


Para acompanhar leitão assado, chanfana ou dobrada, escolha tintos mais leves e frutados com pouca ou nenhuma madeira, de corpo elegante, tanino firme, e com frescura. Também acompanham bem jardineiras e feijoadas e as carnes fritas de aves e de porco. Estes vinhos encontram-se nas regiões atlânticas, do Vinho Verde, Bairrada e Lisboa e são excelentes opções para acompanhar alheiras ou queijos amanteigados.

Do Tejo, Alentejo, Península de Setúbal e Algarve chegam vinhos de aromas expressivos e complexos, com corpo médio, macio e arredondado. Combinam com aves, porco e caça, além de enchidos com especiaria, como os chouriços, e os queijos mais curados com ou sem pimentão. São exemplo disso o Vinha da Valentina Cabernet Sauvignon Regional Península de Setúbal, um monocasta da Casa Ermelinda Freitas, e o Tapada das Lebres Syrah Regional Alentejano.

Para vinhos do Douro, Dão e Beira Interior, mais concentrados e encorpados, de boa frescura e persistência, escolha as carnes vermelhas dos cortes mais exigentes, como os bifes, nacos e postas. Estes vinhos também são indicados para acompanhar peças de forno, como o cabrito ou o borrego, o javali ou veado, ou enchidos mais sólidos como os lombos.

Nesta gama, destacamos o Cancellus Tinta Roriz Douro e o Pedra Cavada Touriga Nacional DOC Douro.
 

Escolha o vinho com que mais se identifica. Na Garrafeira Continente encontra uma vasta seleção para cada ocasião.

Vinhos tintos monocasta

Vinhos brancos monocasta