Tipos de vinho

Vinhos para pratos de carne

Um bom vinho contribui para a plena degustação do prato.

Atualizado a 25/08/2022

Quem aprecia uma boa refeição sabe que a bebida que a acompanha é, muitas vezes, tão importante quanto a própria refeição. Um bom vinho contribui para a plena degustação do prato, mas a qualidade do vinho por si só não chega, devemos escolher o vinho que melhor harmoniza com o prato.

Sempre que se harmoniza um vinho com uma determinada carne, é tão importante o tipo (carne branca de aves e coelho ou carnes vermelhas de vaca, borrego e cabrito) como o seu processo culinário. Com mais ou menos gordura, toda a carne tem um teor elevado de proteínas que estão na origem da sua textura sólida e compacta. Um rojão, naco ou um bife é sempre uma proposta que nos preenche e que representa a comida mais opulenta.

A opção adequada para a harmonização de carne com vinhos é a escolha dos néctares mais sólidos e encorpados: os vinhos tintos.

Devido à necessidade de extrair a cor da película das uvas para a elaboração do vinho tinto, os taninos naturais migram para o vinho e combinam-se, na nossa boca, com a saliva. Desta combinação surge a sensação de corpo sólido do vinho.

Dicas para harmonizar vinho tinto com pratos de carne

Nivelar a força do vinho com a força da carne

Devemos nivelar a força do vinho com a força da carne eleita para a nossa mesa. Nas carnes de aves e de suíno, buscamos vinhos com taninos mais suaves e maduros, que respeitem as texturas mais ligeiras.

Regiões vinhateiras do sul

Os vinhos tintos das regiões vinhateiras do sul – Tejo, Alentejo, Península de Setúbal e Algarve – merecem primazia na sua mesa. Destas regiões também devem sair as opções de vinhos para aqueles enófilos que gostam de comidas étnicas, como a italiana ou a chinesa.

Vinhos de montanha

As carnes vermelhas, em preparações de naco ou bife, combinam bem com os vinhos tintos concentrados dos nossos vinhos de montanha: Trás-os-Montes, Douro, Dão e Beira Interior.

Vinhos de regiões atlânticas

Para dimensões intermédias de carne, sobretudo nas diluições de tacho como o ensopado, a cabidela ou a chanfana, os tintos que as nossas regiões atlânticas propõem – Lisboa, Bairrada e a DOC Vinho Verde que propõe tintos muito típicos – são a escolha acertada.

Para carnes fritas ou para o leitão, lembre-se que os vinhos tintos das regiões atlânticas são os mais frescos. Para os grelhados, pense nos aromas similares que a tosta da madeira cede ao vinho estagiado em barrica. Com carne de caça, aplique as mesmas recomendações, mas escolha os vinhos mais antigos da sua garrafeira.

Depois de colocar em prática estas indicações, vai passar a harmonizar de uma forma bem mais adequada as suas refeições. Portugal é um país com uma gastronomia ímpar e com vinhos reconhecidos em todo o mundo, basta casar estes dois mundos para usufruir das melhores refeições.