As condições para este acontecimento são várias e devem verificar-se simultaneamente, desde a seleção da uva até ao bom acondicionamento da garrafa na cave do consumidor, passando pelos processos de vinificação e estágio em barricas de madeira.
Todas as regiões vitivinícolas de Portugal produzem vinhos estagiados e desenhados para longa guarda.
Nas regiões do interior centro e norte, com forte influência climática continental, Trás-os-Montes, Douro, Dão, Távora-Varosa e Beira Interior, são denominações planálticas e montanhosas de solos pobres e minerais. Aqui nascem vinhos de lote, muitas vezes feito na própria vinha antiga, com grande concentração natural, gastronómicos, de longa e elegante envergadura.
Os grandes vinhos de guarda das regiões costeiras e das nossas ilhas atlânticas perdem em concentração o que ganham em acidez natural e em estrutura vibrante de taninos.
Estes são os dois componentes que asseguram longevidade e elegância aos vinhos brancos da casta Alvarinho de Monção e Melgaço, até aos tintos de Ramisco ou aos brancos de Malvasia de Colares, Arinto de Bucelas e Vital de Óbidos, passando pelos vinhos da casta tinta Baga ou da Bical branca na Bairrada.
As regiões mediterrânicas do sul dominam o mercado com vinhos de consumo guloso e imediato, devido à excelente maturação das uvas. Também se encontram no Tejo e nas vinhas velhas de Fernão Pires, no Alentejo com a Antão-Vaz da Vidigueira ou a Alicante Bouschet de Borba, na Península de Setúbal ou com a idosa Castelão de Palmela, vinhos elaborados para prazer futuro após longa educação em garrafa, adequadamente guardada, na ausência de luz, com humidade sentida e temperatura sempre constante.
Seleção de vinhos tintos de guarda exclusivos do Continente
A boa guarda pode ocorrer em vinhos brancos ou em vinho tinto. Destacamos os tintos de guarda do Douro e do Dão, onde nascem vinhos com grande concentração natural, gastronómicos, de longa e elegante envergadura.
1. Feitoria, Real Companhia Velha, Reserva DOC Douro, Tinto
Violeta entre rebuçado de bagos negros. Cacau entre notas peitorais de caruma e esteva. Elegante, conversador, com grata cobertura sucrosa. Servir este vinho a 17ºC.
Acompanhe com:
- Costeletas de Porco com Harissa e Arroz de Cominhos
Notas florais entre framboesa e outros frutos com chocolate e café. O vinho tinto Albenaz apresenta uma estrutura carnuda, jovem de taninos com grata e longa educação em garrafa. Servir a 17ºC.
Fruta negra doce e abaunilhada, com cacau e notas de fumo e tosta. Sucrosidade a revestir o corpo e suas arestas que a mesa agradece e aclama. Deve servir o vinho tinto Pacheca a 16ºC.
4. Pedra Do Gato, Premium, DOC Dão, Tinto
O vinho tinto Pedra do Gato apresenta uma complexidade de fruta vermelha e cereja, com notas terrosas e especiarias de boa tosta. Corpo elegante, bem domado e pleno de firmeza. Servir a 16ºC.
5. Vinha Maria, Premium, DOC Dão, Tinto
O tinto Vinha Maria é um vinho de aroma frutado, macio, elegante e harmonioso. De elevada intensidade, é perfeito para acompanhar carnes vermelhas, enchidos, assados e fritos.
6. Campolargo, Vinha das Corgas, DOC Bairrada, Tinto
Este vinho tinto de cor rubi profundo oferece um agradável aroma a frutos vermelhos e frutos do bosque, das Castas Baga e Alfrocheiro.
Estes seis vinhos excecionais encontram-se disponíveis, em exclusivo, nas garrafeiras das lojas Continente.