Sobre o Vinho

Enólogo: Tejo

Situado no centro de Portugal, o Ribatejo, com uma vasta superfície agrícola utilizada, de 258.000 hectares, cerca de 7% da nacional e com uma área florestal de 160.000 hectares, perto de 17% da nacional, possui inegáveis condições naturais para o desenvolvimento das atividades agrícolas, florestais e pecuárias.

Atualizado a 25/07/2021
A presença da arte vitícola no Ribatejo não é recente: já D.Afonso Henriques se referia aos vinhos da região, no foral de Santarém e Gil Vicente citou-os num dos seus autos.

Encontramos na Região três zonas distintas de produção, conhecidas como o “ campo”, o “ bairro” e a “charneca”.

O “campo”, com as suas extensas planícies, adjacente ao Rio Tejo, conhecido também como a Lezíria do Tejo, sujeita a inundações periódicas, que causam alguns transtornos, são também responsáveis pelos elevados índices de fertilidade que aqueles solos de aluvião possuem. É, por excelência, a zona dos vinhos brancos, onde a casta Fernão Pires é rainha.

O bairro”, situado entre o Vale do Tejo e os contrafortes dos maciços de Porto de Mós, Candeeiros e Montejunto, com solos argilo-calcários, de relevo um pouco mais acidentado, é a zona ideal para as castas tintas, nomeadamente a Castelão e Trincadeira.

A “charneca”, localizada a sul do “campo”, na margem esquerda do Rio Tejo, com solos arenosos e medianamente férteis, se por um lado apresenta rendimentos abaixo da média da Região, por outro, induz a um afinamento, quer de vinhos brancos, quer de vinhos tintos. Os vinhos e os produtos vínicos com a Denominação de Origem " Do Tejo", podem ser originários das 6 Sub-Regiões: Almeirim, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Santarém e Tomar.

O vinho com a Indicação Geográfica "Vinho Regional Tejo" pode ser originário de um qualquer local dentro da Região Ribatejana e de um conjunto alargado de castas, representando neste momento cerca de 4/5 do volume total de vinhos certificados e engarrafados.