Os benefícios da cereja
Nos benefícios da cereja destacam-se dois componentes: os ácidos fenólicos e os flavonoides. Estes componentes não são produzidos pelo nosso organismo e, por isso, têm de ser obtidos através da ingestão de alimentos, como a cereja.
Estes componentes têm uma ação antioxidante e parecem ter um efeito protetor na prevenção de alguns tipos de cancro e doenças cardiovasculares.
Para além deste grande benefício da cereja, existem muitos mais.
Recuperação muscular
O consumo de cerejas tem vindo a ser associado à melhor capacidade de recuperação muscular após a prática de exercício físico, nomeadamente pelo seu conteúdo em compostos com propriedades antioxidantes, como as antocianinas, a quercetina e alguma vitamina C.
Promove a saciedade
O índice glicémico da cereja é baixo e este pequeno fruto é fonte de fibra, duas características que contribuem para uma entrada gradual do açúcar no sangue, ajudando a prolongar a sensação de saciedade.
Propriedades antioxidantes
O consumo de cereja tem vindo revelar capacidades anti-inflamatórias e antioxidantes, o que a torna num coadjuvante no combate e progressão de algumas doenças inflamatórias crónicas e lesões desportivas.
Tipos de cerejas
À cerejeira os japoneses chamam Sakura, a árvore que protagoniza um dos espétaculos mais floridos no país do sol nascente. Em Portugal, a beleza da árvore também é reconhecida, mas aqui iremos falar dos sabores, texturas e corres diferentes que podemos encontrar no fruto.
A cereja do Fundão está classificada como produto de Indicação Geográfica (IG)
Existe uma grande diversidade de cerejeiras, mas em Portugal são quatro as espécies autóctones: Saco da Cova da Beira, Saco do Douro, Lisboeta e São Julião. Nos últimos anos foram introduzidas novas variedades de cereja, mais interessantes do ponto de vista comercial, uma vez que o fruto atinge maior calibre e tem melhor poder de conservação.
Dependendo da variedade, a cereja (doce) pode ter diferentes cores: amarela, vermelho-clara, vermelho-escura ou roxa.
Para além das diferentes variedades de cereja doce, existe uma espécie de cerejeira que produz uma variante ácida – que conhecemos com o nome de ginja. Ao contrário da cereja doce, a ginja tem uma polpa mais firme e é utilizada essencialmente na produção de compotas, conservas e bebidas licorosas, como é o caso da famosa ginjinha portuguesa.
A origem da cereja
A cerejeira é uma árvore de origem asiática. Acredita-se que seja indígena de países a sul das Montanhas do Cáucaso e do norte do Irão. É uma árvore de climas frios, em que os invernos são rigorosos e chuvosos.
Por isso, a Beira Interior é a região de maior produção em Portugal, seguindo-se Trás-os-Montes, Douro e Minho. Os pomares de cerejeiras situam-se, essencialmente, a norte do rio Tejo, com exceção da região de Portalegre (Serra de S. Mamede).
Em Portugal, destaca-se a Cereja do Fundão, classificada a nível nacional como produto de Indicação Geográfica (IG). Trata-se de uma cereja muito doce e de textura firme, características que advêm das condições edafoclimáticas do Fundão e apreciada em todo o mundo.
Como consumir cerejas
Maioritariamente, a cereja é consumida ao natural como sobremesa. Esta é também a forma mais saudável de o fazer. Contudo, podemos encontrar conservas de cereja em calda de açúcar, compotas e doces de cereja, e ainda cereja cristalizada.
A cereja vai bem em cocktails, batidos e gelados. Já em Óbidos, Alcobaça e Algarve protagoniza até um dos licores mais apreciados em Portugal, a Ginjinha ou Licor de Ginja.
Encontre as cerejas no Continente
A apanha da cereja em Portugal inicia-se em maio. Neste mês, salvo qualquer intempérie que tenha prejudicado ou atrasado a produção nacional, já pode encontrar as suas cerejas favoritas no Continente. A cereja nacional encontra-se no mercado desde meados de maio até meados de julho.