American Staffordshire Terrier: forte e independente

O American Staffordshire Terrier é considerado um cão de luta em alguns países e um popular animal de família noutros. Apesar dos preconceitos, é uma raça inteligente e muito leal.

American Staffordshire Terrier

Atualizado a 24/05/2023

Com antecedentes da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos da América, o American Staffordshire Terrier foi inicialmente desenvolvido para as lutas. Os criadores procuravam desenvolver a coragem, força e agressividade destes cães. Felizmente, a história deu-lhes um destino mais feliz, depois de um Staffordshire Terrier ter participado numa famosa série para crianças americana.

Desde então, a raça começou a ser vista como de guarda e de família, tornando-se popular com crianças. Descubra mais sobre as suas origens e características.

Origem

A sua origem remonta ao século XIX, em cruzamentos de cães de raça Bull e Terrier, maioritariamente criados para lutas de cães. Com a proibição destas lutas terríveis no Reino Unido, alguns destes exemplares foram levados para os Estados Unidos, voltando a ser utilizados para essa finalidade.

Já nas mãos de donos de grandes quintas, o American Staffordshire Terrier passou a desempenhar funções de proteção, contra lobos e coiotes. Com a ajuda dos donos que realmente gostavam destes cães passou a assistir-se, no final do século XIX, à exigência do fim das lutas.

Com a pretensão de incluir a raça nos concursos para cães, o American Staffordshire Terrier foi nomeado em 1969 e, logo em 1971, reconhecido oficialmente. As lutas sangrentas entre animais foram finalmente banidas, libertando várias raças de um sofrimento atroz.

Infelizmente, a imagem negativa sobre o American Staffordshire Terrier perdurou no tempo. No entanto, as diferentes perceções sobre a raça em países como os EUA e o Reino Unido, mostram que o perigo que um cão representa depende essencialmente dos seus donos.

Ainda assim, o seu historial e passado agressivo tem influência na legislação de vários países europeus, o que leva a que o American Staffordshire Terrier integre a lista de cães perigosos. Em alguns países, como França e Hungria, é uma raça proibida.
Tamanho

O físico do American Staffordshire Terrier é imponente, podendo alcançar até 48 centímetros de altura e pesar 23kg. A sua cabeça é volumosa e larga, o corpo é musculado e compacto.

Antigamente verificavam-se as orelhas cortadas, mas num novo avanço positivo, a prática foi desencorajada em muitos países europeus. No entanto, de acordo com os padrões da raça, as orelhas descaídas não são desejáveis.

Pelagem

A pelagem do American Staffordshire Terrier é curta e brilhante, podendo existir em praticamente todas as cores. Nos cães com despigmentação nasal ou zonas brancas intensas, existe uma predisposição genética para a surdez.

O tratamento do pelo é bastante simples, pelo que escová-lo uma vez por semana é suficiente para retirar os pelos mortos e acumulados.

Personalidade

Apesar da sua história, o American Staffordshire Terrier consegue criar laços fortes com os humanos e demonstra um grande afeto pelas crianças, sendo verdadeiros cães de família.

É uma raça dominante, que pode entrar em conflito com outros cães. No entanto, com uma educação adequada e sendo bem estimulado fisicamente, são bastante pacíficos. Têm uma inteligência admirável, por isso, não só gostam de aprender, como adquirem truques e comandos rapidamente. Além disso, com uma motivação nata, vão fazer tudo para agradar o seu tutor.

É necessário dedicar-lhe atenção e facilitar muitos exercícios físicos, de forma a manter a sua saúde física e mental, e responder à sua energia e vivacidade. Caso seja ignorado, na solidão prolongada, pode tornar-se um pouco agressivo e destruidor.

Problemas de saúde

A esperança média de vida do American Staffordshire Terrier é de 12 anos, podendo ser afetado pelos seguintes problemas de saúde:
  • Problemas articulares, como a displasia da anca e cotovelos, comum em cães de médio e grande porte. Esta doença genética provoca má formação das articulações do quadril, causando dor e dificuldade na locomoção;
  • Problemas dermatológicos (atopia), ficando com a pele e pelos mais sensíveis e com coceira, que podem provocar feridas ou outras complicações, se não forem tratadas da forma devida.
O American Staffordshire Terrier sofreu um passado de infortúnio, mas muito mudou desde então e o futuro parece mais risonho. De caráter dócil e gentil, assume-se como um cão carinhoso, adorável e protetor, que aprecia especialmente estar perto da sua família.