Existem diferentes padrões alimentares, que variam entre países, regiões e até entre indivíduos inseridos na mesma cultura. A alimentação macrobiótica, de que se tem ouvido falar mais nos últimos anos, não é, na verdade, uma dieta alimentar da atualidade. Remonta ao final dos anos 70 e apresentamos neste artigo as suas principais características.
Quais são os princípios da macrobiótica
Os princípios da macrobiótica defendem uma atitude humana que respeite as necessidades individuais e as da sociedade, a favor de um mundo saudável, sustentável e equilibrado. Um dos fatores mais importantes do regime macrobiótico é a sua culinária.
Segundo o Instituto Macrobiótico de Portugal, a Alimentação Macrobiótica Padrão foi desenvolvida por Michio Kushi, no final dos anos de 1970. De uma forma resumida, este modelo alimentar privilegia os produtos locais, sazonais, menos processados e apresentados na sua forma inteira ou integral.
Alimentação Macrobiótica Padrão
Não sendo considerada uma alimentação vegetariana (porque inclui peixe), este modelo assenta maioritariamente em produtos de origem vegetal. Tem por base os cereais integrais, complementados com hortícolas, leguminosas, algas e óleos vegetais.
O consumo de carne, ovos e produtos lácteos é opcional, deve ser esporádico ou fazer parte de um período de transição entre regimes.
Quantidades de referência
No que diz respeito a quantidades, a macrobiótica padrão defende que, como referência, 50 a 60% da alimentação diária deve consistir em cereais integrais: arroz, cevada, millet, aveia, milho, trigo, centeio, trigo sarraceno, cuscuz, bulgur, flocos de aveia, entre outros.
A sopa é um dos pratos de eleição e deve ser consumida 1 a 2 vezes por dia, tendo por ingredientes base vegetais, cereais, leguminosas, algas ou peixe.
A dieta macrobiótica deve ainda integrar entre 25 a 35% de vegetais: cebolas, cenouras, abóbora, brócolos, couve, agrião, nabos, cogumelos, nabiças, entre outros. É importante que alguns sejam bem cozinhados e outros mais levemente ou consumidos crus. As batatas, tomates e beringelas são geralmente desaconselhados.
Entre 10 a 15% da alimentação deve consistir em leguminosas: grão-de-bico, lentilhas, feijão azuki, feijão frade, feijão catarino, feijão manteiga, entre outros. Também em derivados (tofu, tempeh, natto) seitan e algas (wakame, kombu, aramé, hiziki, nori, entre outras).
A alimentação macrobiótica inclui ainda sementes e frutos oleaginosos, fruta da época, peixe, preferencialmente de carne branca, óleos e temperos de base vegetal, e condimentos para utilizar já no prato, em quantidades mínimas (sementes de sésamo, pickle de ameixa, tekka, entre outros).
Alimentos a evitar
Na lista dos alimentos a evitar estão as carnes, ovos, produtos lácteos, açúcar, vegetais, frutos de origem tropical, café e chá preto. Também os alimentos refinados ou sujeitos a processos químicos.
✅ Este artigo foi aprovado pela Equipa de Nutrição do Continente.
