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Agricultura regenerativa: o que é e porque é importante

Descubra o que é agricultura regenerativa, porque é importante e como está a crescer em Portugal.
Agricultura regenerativa

Publicado a 07/05/2025

Pode a agricultura melhorar a saúde do planeta — e a sua também?

A forma como cultivamos os nossos alimentos afeta tudo: o sabor do que chega ao prato, a saúde do solo, a água que bebemos e até o clima que vivemos.

Mais do que uma técnica agrícola, a agricultura regenerativa é uma nova forma de pensar e de viver a relação com a terra. Está a transformar a forma como produzimos alimentos, a regenerar solos exaustos e a dar resposta a algumas das maiores crises do nosso tempo — das alterações climáticas à perda de biodiversidade.

Descubra o que está por trás deste movimento, porque está a conquistar cada vez mais terreno — literalmente — em Portugal, e como pode mudar a forma como comemos, cultivamos… e cuidamos do planeta.

Agricultura regenerativa: o que é


A agricultura regenerativa é um modelo de cultivo que vai além da sustentabilidade: não se limita a reduzir impactos, mas procura regenerar o solo, restaurar ecossistemas e garantir que as terras agrícolas permaneçam férteis e produtivas a longo prazo.

Para atingir esse objetivo, recorre a um equilíbrio entre sabedoria ancestral e inovação tecnológica. Utiliza, por exemplo, plantas de cobertura — espécies semeadas entre culturas principais, como trevos ou leguminosas, que ajudam a fixar nutrientes, evitar a erosão, melhorar a estrutura do solo e até controlar ervas daninhas de forma natural.

Outras práticas incluem a rotação de culturas, que evita o esgotamento do solo; a integração entre lavoura e pecuária, que enriquece o ecossistema e fecha ciclos naturais; e a reflorestação de áreas produtivas, bem como a recuperação de zonas degradadas, devolvendo-lhes vida e biodiversidade. Tudo isto resulta num sistema agrícola mais resiliente, mais equilibrado e mais alinhado com os ritmos da natureza.

Estes são os princípios fundamentais da agricultura regenerativa:

  • Evitar o tratamento mecânico e físico do solo. Tal como nas práticas agrícolas pré-industriais, o objetivo é minimizar o uso de máquinas e operações que perturbem o solo, de forma a preservar a sua estrutura e a vida microbiana.
  • Usar plantas de cobertura durante o ano todo. O solo deve estar sempre coberto para evitar erosão, manter a humidade e fornecer alimento a animais, como aves e bovinos.
  • Integrar a pecuária com a produção vegetal. Práticas como a rotação de culturas, a introdução de agroflorestas e sistemas silvipastoris (combinação de árvores, pastagem e animais no mesmo espaço) contribuem para ecossistemas mais ricos e equilibrados. A integração entre animais e culturas melhora a fertilidade do solo e o ciclo de nutrientes, o que torna os sistemas mais resilientes.
  • Preservar as raízes. Manter culturas perenes ou raízes vivas o máximo de tempo possível melhora a estrutura do solo e promove a sua regeneração.
  • Usar fertilizantes com precisão. O uso de fertilizantes e produtos biológicos é feito com base em dados concretos, como mapas de produtividade e imagens de satélite. Assim, consegue-se eficiência e menor impacto ambiental.

Benefícios da agricultura regenerativa


Embora sejam precisos entre 5 a 10 anos para observar melhorias substanciais na matéria orgânica do solo, a agricultura regenerativa traz benefícios importantes.

1. Saúde do solo reforçada


A agricultura regenerativa evita o distúrbio excessivo do solo e ajuda a preservar a estrutura natural. O resultado? Mais matéria orgânica, maior fertilidade e microrganismos ativos que promovem o crescimento saudável das plantas.

2. Maior biodiversidade


Com práticas como a rotação de culturas, agroflorestas e integração de áreas selvagens, cria-se um ecossistema mais equilibrado. Há, então, maior proteção contra pragas e doenças e maior resiliência da flora e da fauna local.

3. Culturas mais resilientes


Os sistemas regenerativos adaptam-se melhor a extremos climáticos, como secas ou chuvas intensas. A longo prazo, isso traduz-se em maior estabilidade e previsibilidade na produção.

4. Segurança alimentar fortalecida


A aposta na diversidade também torna a produção alimentar mais sustentável e menos vulnerável a choques globais, como mudanças climáticas ou crises de abastecimento.

5. Solos mais nutritivos


A matéria orgânica acumulada no solo atua como uma reserva natural de nutrientes essenciais. Portanto, reduz-se a necessidade de fertilizantes artificiais e melhora-se a qualidade nutricional das culturas.

O Clube Produtores Continente promove a agricultura regenerativa


O Continente, através do Clube de Produtores Continente (CPC), lançou um Programa de Agricultura Regenerativa que junta boas práticas agrícolas e tecnologia. Desenvolvido em parceria com a ZERYA, organização especialista em apoio técnico a produtores hortofrutícolas, visa apoiar os produtores na adotação de práticas agrícolas mais sustentáveis.

O Programa foca-se na recuperação e proteção dos solos agrícolas, promovendo a sua fertilização de forma natural, e na redução do uso de adubos químicos e pesticidas. Recorre a práticas como a gestão holística, a diversificação agrícola e a monitorização do uso responsável dos recursos naturais. Além disso, contribui para a preservação da biodiversidade, combate o desperdício alimentar, cria emprego verde e promove a renovação geracional no setor agrícola.

As soluções são adaptadas à realidade de cada produtor, e medidas com base em dados reais — verificados por auditores independentes. Pretendemos expandir esta metodologia para mais regiões e culturas, incentivando mais produtores a adotar sistemas regenerativos. A implementação progressiva destas práticas tem permitido uma redução de até 50% no uso de fertilizantes sintéticos e fitofármacos, em comparação com os sistemas convencionais.

Continente, da terra ao prato com respeito pelo ambiente


No Continente, reconhecemos o papel da agricultura regenerativa como parte de um sistema alimentar mais sustentável. Trabalhamos com produtores locais que seguem práticas responsáveis e regenerativas para obter alimentos mais saudáveis e solos mais férteis.

Nas nossas lojas e em Continente Online já encontra vários produtos frescos de origem nacional, cultivados de forma mais responsável, como framboesas, maçã de Alcobaça IGP, maçã Reineta Alcobaça IGP, pera rocha ou batata-doce de polpa laranja. Além disso, pode comprar abóbora Butternut e abóbora Hokaido, nabo sem rama e salada Ibéria que seguem os princípios da agricultura regenerativa. Afinal, cuidar da terra é também cuidar de si e das próximas gerações.