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O que são os sulfitos?

Utilizados como conservantes, os sulfitos são muito utilizados na vinificação. Descubra o que são e para que servem – e se têm ou não consequências para a sáude.
O que são os sulfitos

Atualizado a 19/10/2021

O Anidrido Sulfuroso é um poderoso anti-oxidante e anti-microbiano, usado para manter e proteger o vinho, mas que pode dar origem aos sulfitos. Este derivado do enxofre pode causar, em grupos mais vulneráveis, problemas alérgicos, respiratórios ou dermatológicos, sendo obrigatória a advertência no rótulo. Descubra o que são os sulfitos, para que servem e os impactos na saúde. 

O que são os sulfitos?

Os sulfitos são muito usados na indústria alimentar como conservantes, pela sua ação antioxidante e bactericida. Há quem seja alérgico a estes compostos, daí a legislação de diversos países obrigar os fabricantes de produtos que levam S02 a colocar essa informação no rótulo. Os vinhos estão incluídos nesta categoria.

Na União Europeia, por exemplo, a presença de sulfitos no vinho tinto não pode exceder os 160 mg/litro. Nos brancos, a taxa máxima é de 260 mg/l. Há estudos que apontam que a dose mínima para proteger o mosto da oxidação seja de 15 mg/l de enxofre.

Apesar de ser comum utilizar o SO2 ao longo da vinificação, há cada vez mais produtores dispostos a minimizar ou mesmo eliminar o composto dos seus vinhos. Para isso, são necessários níveis elevados de higiene na produção, além de um acompanhamento constante de todas as fases, para que o vinho não corra o risco de se estragar. Qualquer problema pode colocar tudo a perder, por isso, são poucos os que se arriscam. A maioria usa os sulfitos apenas na quantidade mínima necessária. Mas para que serve, afinal, este elemento?

Para que servem os sulfitos?

Os sulfitos são conservantes e o seu efeito é conhecido desde a Antiguidade. Previnem o desenvolvimento de bactérias e protegem o vinho contra a oxidação.

Os sulfitos são um dos produtos enológicos mais utilizados na adega, ajudando também na extração dos compostos fenólicos do vinho, responsáveis pela concentração da cor e dos taninos.

Os sulfitos são importantes para o enólogo durante todo o processo de vinificação e são adicionados durante o transporte de uvas para a adega e no mosto logo após o esmagamento, para ajudar a selecionar as melhores leveduras e a controlar o processo de fermentação alcoólica. Mas cada vez mais produtores optam por processos alternativos que não envolvem sulfitos. Descubra porquê.

Os efeitos dos sulfitos na saúde

O consumo de sulfitos em excesso (para além da taxa máxima indicada) pode causar:
  • Tosse;
  • Dor de estômago;
  • Irritações na pele;
  • Dores de cabeça.
No entanto, se forem bem dosados, não são prejudiciais. Para que os vinhos estejam dentro de limites seguros para a saúde, a sua adição é rigorosamente controlada.

Se não for alérgico, para reduzir a concentração de sulfitos, deixe o vinho a oxigenar no copo antes de beber. Esta passagem simples irá liberar cerca de 30-40% do dióxido de enxofre.

Alergia aos sulfitos

Os sulfitos são elementos alergénios. A alergia aos sulfitos é uma condição tem vindo a afetar cada vez mais pessoas em todo o mundo, possivelmente pelo aumento do consumo de produtos processados. Tem efeitos semelhantes ao de uma crise de asma e manifesta-se mais em que sofre desta doença. A alergia aos sulfitos pode ainda provocar:
  • Diarreia;
  • Náuseas e vómitos;
  • Vermelhidão e inchaço na pele.
Os casos de choque anafilático por alergia aos sulfitos são muito raros e ocorrem em geral com portadores de asma crónica grave. Naturalmente, o consumo de vinhos com sulfitos deve ser evitado por pessoas que sofram desta alergia. Nestes casos, explore a nossa gama de vinhos sem sulfitos.

Verifique a quantidade de sulfitos no rótulo

Ao longo dos últimos anos, verificou-se uma melhoria ao nível da informação passada ao consumidor no rótulo dos alimentos. O vinho, enquanto produto alimentar, deve indicar se contém sulfitos, pelo seu possível potencial alergénico. Ainda assim, a adição de sulfitos é cuidadosamente regulada, pelo que todos os vinhos na gama Continente cumprem os máximos impostos por lei.