Seja entre amigos ou familiares, na rua, em casa ou numa festa, está a chegar a altura em que se cumprem as tradições e rituais de passagem de ano.
Sempre com o mesmo objetivo: dizer adeus ao velho e receber o novo ano com desejos de sorte, saúde, paz, amor e prosperidade. Como a noite é longa, o melhor mesmo é ir petiscando aqui e ali para manter o estômago aconchegado. Quando soarem as 12 badaladas, até os mais céticos vão cumprir pelo menos uma das tradições ou rituais de passagem de ano.
Usar roupa interior nova e de cores variadas consoante o que mais se deseja para o ano que se avizinha é um hábito antigo dos portugueses. Tradicionalmente acredita-se que usar roupa interior azul atrai harmonia, boa sorte e até saúde. Contudo, também há associações feitas com as outras cores!
Há quem opte pelo amarelo para atrair dinheiro, pelo vermelho para atrair amor, pelo branco para paz e tranquilidade, e pelo verde que simboliza a natureza.
Esta é talvez a mais tradicional das tradições! Mas sabia que teve origem em Espanha? A ideia de comer passas na passagem de ano foi importada de Madrid. Tudo começou no século XIX, como forma de protesto contra uma taxa que punia quem queria celebrar o dia de Reis antes de tempo (no dia 31 em vez de a 5 de janeiro). “Nuestros hermanos” terão então começado a comer uvas passas em vez das habituais uvas frescas.
O costume foi passando de geração em geração, atravessou fronteiras e, hoje em dia, comem-se 12 passas ao som das 12 badaladas. Uva a uva, vão-se pedindo desejos para o ano seguinte. Se as passas não são para si, experimente outro destes petiscos da Passagem de Ano.
Logo após comer as uvas passas, deve brindar-se com champanhe ao Ano Novo. O champanhe ou o espumante, igualmente festivo e versátil, estão sempre presentes nas mesas festivas. Este ritual de passagem de ano surgiu na Europa, no seio da alta sociedade, quando se bebia vinho para celebrar momentos especiais. Por se tratar de um vinho de alta qualidade e de preço mais elevado, o champanhe conferia um certo status, pelo que passou a ser utilizado em datas comemorativas.
Saúde! É o que dizem as vozes em uníssono, ao redor da mesa, precisamente para atrair saúde e vitalidade. E para reservar a boa energia, diz-se que se deve guardar a rolha da garrafa para o ano seguinte.
Entrar com o pé direito é sinonimo de boa sorte. E como mal não faz, o ideal será cumprir esta tradição de Ano Novo. A ideia é simples: subir para uma cadeira, com o pé direito à frente (claro). Crê-se que receber o novo ano de um ponto mais alto é outra ajuda para garantir prosperidade.
Há quem prefira saltar ao pé-coxinho (o direito, sempre) três vezes com o copo de champanhe na mão. Tenha um certo cuidado se decidir experimentar esta tradição!
Fazer barulho! Para afastar as más energias do ano que termina e receber só o melhor do Ano Novo, é preciso afastá-las de forma estridente. Testos das panelas a bater, apitos, assobios, palmas… não há mal que resista! Todos se juntam a esta missão, do mais novos aos mais velhos. Haja alegria, boa disposição e vizinhos igualmente animados, de preferência.
6. Dinheiro no bolso, na mão ou no sapato
Prosperidade económica é um dos desejos mais solicitados nesta festa. Para isso, há quem não dispense passar a meia-noite com dinheiro na mão, nos sapatos ou no bolso. Há quem, inclusive, use esse valor para fazer a primeira compra do ano.
Esta tradição terá surgido no século XIX, à semelhança da das uvas passas. Naquela época, corria a superstição de que quem tivesse moedas no bolso teria um ano de riqueza pela frente.
Em locais especiais, à janela de casa ou até através da televisão, ver o fogo de artifício é ponto assente nesta celebração. Todos os anos, nos primeiros segundos de janeiro, os céus iluminam-se e o brilho toma conta da festa.
Do norte ao sul do país, e sem esquecer as ilhas, são várias as cidades com espetáculos pirotécnicos, a não perder. Pelo mundo fora, o cenário repete-se, com as capitais que vão dando o sinal de um novo ciclo, hora a hora, conforme os ponteiros dos relógios mundiais vão cruzando as 12 horas.
Em algumas regiões costeiras, como na Figueira da Foz, em Cascais ou na Foz do Douro, muitos aventureiros começam o Ano Novo com um mergulho refrescante no mar. Este ritual simboliza purificação e renovação, e está associado à procura de boa-sorte e energias positivas.
Este é um dos rituais de passagem de ano mais antigos do país. Vestidos com trajes típicos, grupos de pessoas percorrem as ruas e visitam várias casas a cantar canções tradicionais da época para desejar felicidade para o novo ano. Esta tradição musical reflete a rica herança folclórica do país.
Na véspera de Ano Novo, em algumas regiões do país, como em Arouca, realiza-se a "Queima do Velho", um ritual de passagem de ano simbólico para despedir o ano que está prestes a terminar.
Neste ritual, as pessoas escrevem em pedaços de papel os eventos, desafios ou pensamentos negativos do ano anterior que desejam deixar para trás. Estes papéis são depois queimados à meia-noite – uma representação da libertação do passado e do acolhimento de novas oportunidades.
Existem incontáveis rituais de passagem de ano e de Ano Novo, que variam consoante o país, as regiões, as famílias, as religiões. Mas seja a comer passas ou a brindar com champanhe, ninguém fica indiferente ao início de uma nova viagem à volta ao sol. Feliz Ano Novo!
Sempre com o mesmo objetivo: dizer adeus ao velho e receber o novo ano com desejos de sorte, saúde, paz, amor e prosperidade. Como a noite é longa, o melhor mesmo é ir petiscando aqui e ali para manter o estômago aconchegado. Quando soarem as 12 badaladas, até os mais céticos vão cumprir pelo menos uma das tradições ou rituais de passagem de ano.
1. Roupa interior com cor simbólica
Usar roupa interior nova e de cores variadas consoante o que mais se deseja para o ano que se avizinha é um hábito antigo dos portugueses. Tradicionalmente acredita-se que usar roupa interior azul atrai harmonia, boa sorte e até saúde. Contudo, também há associações feitas com as outras cores!
Há quem opte pelo amarelo para atrair dinheiro, pelo vermelho para atrair amor, pelo branco para paz e tranquilidade, e pelo verde que simboliza a natureza.
2. Comer passas no Ano Novo
Esta é talvez a mais tradicional das tradições! Mas sabia que teve origem em Espanha? A ideia de comer passas na passagem de ano foi importada de Madrid. Tudo começou no século XIX, como forma de protesto contra uma taxa que punia quem queria celebrar o dia de Reis antes de tempo (no dia 31 em vez de a 5 de janeiro). “Nuestros hermanos” terão então começado a comer uvas passas em vez das habituais uvas frescas.
O costume foi passando de geração em geração, atravessou fronteiras e, hoje em dia, comem-se 12 passas ao som das 12 badaladas. Uva a uva, vão-se pedindo desejos para o ano seguinte. Se as passas não são para si, experimente outro destes petiscos da Passagem de Ano.
3. Brindar com champanhe ao Ano Novo
Logo após comer as uvas passas, deve brindar-se com champanhe ao Ano Novo. O champanhe ou o espumante, igualmente festivo e versátil, estão sempre presentes nas mesas festivas. Este ritual de passagem de ano surgiu na Europa, no seio da alta sociedade, quando se bebia vinho para celebrar momentos especiais. Por se tratar de um vinho de alta qualidade e de preço mais elevado, o champanhe conferia um certo status, pelo que passou a ser utilizado em datas comemorativas.
Saúde! É o que dizem as vozes em uníssono, ao redor da mesa, precisamente para atrair saúde e vitalidade. E para reservar a boa energia, diz-se que se deve guardar a rolha da garrafa para o ano seguinte.
4. Entrar no novo ano com o pé direito
Entrar com o pé direito é sinonimo de boa sorte. E como mal não faz, o ideal será cumprir esta tradição de Ano Novo. A ideia é simples: subir para uma cadeira, com o pé direito à frente (claro). Crê-se que receber o novo ano de um ponto mais alto é outra ajuda para garantir prosperidade.
Há quem prefira saltar ao pé-coxinho (o direito, sempre) três vezes com o copo de champanhe na mão. Tenha um certo cuidado se decidir experimentar esta tradição!
5. Despedir o ano velho com um barulho estridente
Fazer barulho! Para afastar as más energias do ano que termina e receber só o melhor do Ano Novo, é preciso afastá-las de forma estridente. Testos das panelas a bater, apitos, assobios, palmas… não há mal que resista! Todos se juntam a esta missão, do mais novos aos mais velhos. Haja alegria, boa disposição e vizinhos igualmente animados, de preferência.
6. Dinheiro no bolso, na mão ou no sapato
Prosperidade económica é um dos desejos mais solicitados nesta festa. Para isso, há quem não dispense passar a meia-noite com dinheiro na mão, nos sapatos ou no bolso. Há quem, inclusive, use esse valor para fazer a primeira compra do ano.
Esta tradição terá surgido no século XIX, à semelhança da das uvas passas. Naquela época, corria a superstição de que quem tivesse moedas no bolso teria um ano de riqueza pela frente.
7. Ver o fogo de artifício
Em locais especiais, à janela de casa ou até através da televisão, ver o fogo de artifício é ponto assente nesta celebração. Todos os anos, nos primeiros segundos de janeiro, os céus iluminam-se e o brilho toma conta da festa.
Do norte ao sul do país, e sem esquecer as ilhas, são várias as cidades com espetáculos pirotécnicos, a não perder. Pelo mundo fora, o cenário repete-se, com as capitais que vão dando o sinal de um novo ciclo, hora a hora, conforme os ponteiros dos relógios mundiais vão cruzando as 12 horas.
8. Dar o primeiro mergulho do ano
Em algumas regiões costeiras, como na Figueira da Foz, em Cascais ou na Foz do Douro, muitos aventureiros começam o Ano Novo com um mergulho refrescante no mar. Este ritual simboliza purificação e renovação, e está associado à procura de boa-sorte e energias positivas.
9. Cantar as janeiras
Este é um dos rituais de passagem de ano mais antigos do país. Vestidos com trajes típicos, grupos de pessoas percorrem as ruas e visitam várias casas a cantar canções tradicionais da época para desejar felicidade para o novo ano. Esta tradição musical reflete a rica herança folclórica do país.
10. Deixar o passado com a Queima do Velho
Na véspera de Ano Novo, em algumas regiões do país, como em Arouca, realiza-se a "Queima do Velho", um ritual de passagem de ano simbólico para despedir o ano que está prestes a terminar.
Neste ritual, as pessoas escrevem em pedaços de papel os eventos, desafios ou pensamentos negativos do ano anterior que desejam deixar para trás. Estes papéis são depois queimados à meia-noite – uma representação da libertação do passado e do acolhimento de novas oportunidades.
Existem incontáveis rituais de passagem de ano e de Ano Novo, que variam consoante o país, as regiões, as famílias, as religiões. Mas seja a comer passas ou a brindar com champanhe, ninguém fica indiferente ao início de uma nova viagem à volta ao sol. Feliz Ano Novo!