Dálmata: atleta e companheiro

Descubra tudo sobre a raça de cão Dálmata, qual a sua origem e quais as principais características. Saiba mais aqui.

Atualizado a 24/05/2023

Para o Dálmata existem duas coisas extremamente importantes: estar próximo dos seus donos e fazer muito exercício físico. Os dálmatas dão primazia à liberdade de se moverem, sentindo-se entusiasmados se desafiados física e intelectualmente.

O Dálmata é um cão simpático, sensível e um grande companheiro. E, claro, em cachorro é dos mais famosos do mundo. Saiba tudo sobre as origens e as características desta raça.

História e Origem

A origem do Dálmata não é clara, estando envolta em mistério e suposições. Entre as possíveis regiões de origem da raça está a Dalmácia, na costa da Croácia, sendo daí que provém a sua denominação.

Frescos da Grécia Antiga revelam imagens nos túmulos dos faraós egípcios, indiciando que os antepassados desta raça existiam há mais de 1.000 anos. Entretanto, vários documentos históricos dão conta do Dálmata como sendo originário do Cão Turco, Petit Danois, Cão Tigre ou Cão de Bengala.

Estima-se que este cão era popular em casas de nobres e outras classes privilegiadas na Europa, desde o final da Idade Média. Em Inglaterra, foram utilizados para proteger as carruagens contra intrusos e para guiar os cavalos. Nos Estados Unidos, ficaram conhecidos por acompanhar os carros de bombeiros, puxados a cavalo. Na época, o Dálmata era a sirene viva dos bombeiros e, ainda hoje, muitas corporações têm Dálmatas como mascotes.

Já no século XIX, iniciou-se a criação intencional de raças puras. Nesta altura, o Dálmata foi finalmente reconhecido como uma raça independente. Em 1890, estabeleceram-se as características que lhe eram distintivas e, apesar do impacto da Primeira e Segunda Guerras Mundiais, a raça afirmou-se mundialmente.

Atualmente, o Dálmata é um cão muito popular entre as famílias, tendo tido uma projeção global com o filme “Os 101 Dálmatas”, no ano de 1961, baseado no livro “The Hundred and One Dalmatians”, de Dodie Smith.

Tamanho

O tamanho de um macho Dálmata pode variar entre 56 e 62 cm, pertencendo à categoria das raças de porte médio grande a grande.

As fêmeas são ligeiramente mais pequenas, atingindo cerca de 54 a 60 cm de altura. Os machos pesam entre 27 e 32 kg, as fêmeas adultas podem pesar entre 24 e 29 kg.

Pelagem

Com fundo branco puro, o Dálmata apresenta manchas redondas pretas ou castanhas, que não devem aparecer misturadas no mesmo exemplar. O pelo é curto, grosso, denso e liso, e deve ser escovado regularmente.

O Dálmata bebé nasce totalmente branco, sendo que as manchas aparecem após o 10º ou 14º dia de vida. Até o primeiro ano de vida, as mesmas passam a ficar distribuídas, uniformemente, por todo o corpo.

O seu tipo de pele acaba por destacar a sua constituição física atlética e proporcional, assim como, os seus movimentos elegantes.

Personalidade

O Dálmata é calmo, meigo, dócil e afetuoso, um excelente companheiro. Robusto e bom cão de guarda, adapta-se bem à vida em apartamento, mas requer exercício.

O Dálmata pode ser um cão amigável e flexível, sem apresentar comportamentos agressivos, mesmo para convidados. Esta raça é muito paciente e brincalhona com crianças, contudo, a supervisão de adultos deve existir.

Problemas de saúde mais comuns

Esta raça pode atingir 12 anos de idade, mas luta contra algumas doenças típicas, que exigem criadores cuidadosos e responsáveis. Por exemplo, o número de Dálmatas bebés que nascem surdos é bastante superior à média de outras raças. Os seus principais problemas de saúde são:

Problemas metabólicos

A hiperuricemia é um problema de saúde que apenas atinge o Dálmata. Esta é uma doença genética, em que o sistema de transporte de ácido úrico não funciona corretamente. Desta forma, o Dálmata tem propensão a ter pedras nos rins, por exemplo.

Problemas urinários

O Dálmata pode sofrer de urolitíase, que corresponde ao excesso de ácido úrico no metabolismo.

Outras complicações comuns que este animal também pode apresentar são problemas neurológicos (epilepsia), problemas cardíacos (cardiomiopatia dilatada) e tumores.

O acompanhamento frequente do veterinário é essencial para prevenir estas situações que, em paralelo, com uma alimentação equilibrada rica em proteínas, contribui para uma vida muito mais saudável.

Para além de uma família ativa, um Dálmata precisa de exercício mental, para além de físico. Gosta também de se sentir integrado na família, precisa de estar acompanhado e de receber muito amor e carinho. Esta raça é, definitivamente, o sinónimo de ter um amigo para a vida.