Descubra como a parentalidade positiva pode ajudar a criar um ambiente familiar mais equilibrado e conheça dicas práticas para começar a usar já hoje.
O que é a parentalidade positiva?
A parentalidade positiva é uma forma de educar que coloca o bem-estar da criança em primeiro lugar. Não se trata de permissividade nem de autoritarismo, mas sim de respeitar os direitos da criança e criar um ambiente seguro, afetuoso e estruturado, onde possa aprender, brincar e crescer de forma saudável.
Tem como objetivo compreender melhor o comportamento das crianças, comunicar de forma clara e eficaz, e definir rotinas e limites sem recorrer a gritos ou punições. Por exemplo, em vez de reagir a birras com impaciência, os pais podem aprender a perceber a necessidade por trás do comportamento e a responder de forma construtiva.
A parentalidade positiva assenta em princípios claros:
- Respeito pelos direitos da criança: implica garantir afeto, oportunidades de aprendizagem e limites claros.
- Autoridade positiva: passa por estabelecer regras de forma consistente e coerente, sem recorrer à violência.
- Apoio e orientação: significa ajudar a criança a compreender as consequências das suas palavras e ações. Num ambiente seguro, a criança deve poder explorar e aprender com experiências do dia a dia.
- Envolvimento ativo dos pais: ambos os pais participam de forma complementar, com uma boa comunicação e cooperação constantes entre si.
- Consistência: as práticas devem ser contínuas e estáveis para assegurar um desenvolvimento saudável e um vínculo de confiança com os pais.
Benefícios da parentalidade positiva
Nem sempre é fácil manter a calma, a organização ou prevenir birras, mas quando praticada de forma consistente, a parentalidade positiva traz muitos benefícios para os miúdos e graúdos.
As crianças desenvolvem maior autoestima, confiança e autonomia, aprendem a respeitar regras e a lidar com frustrações, e podem apresentar menos problemas de comportamento. Ao mesmo tempo, enquanto pai e mãe sentirá mais segurança para enfrentar os desafios da educação, melhorar a relação com os seus filhos e conseguir um ambiente familiar mais harmonioso.
Quando se sente confiante e capaz, consegue transmitir mais estabilidade e afeto aos seus filhos — um ciclo positivo de bem-estar. Afinal, pais felizes, filhos felizes!
Como praticar uma parentalidade positiva na prática
Existem dicas práticas que ajudam os pais a orientar, educar e acompanhar os filhos de forma eficaz. Eis alguns exemplos:
- Passar tempo de qualidade com a criança (brincar no chão, ler uma história antes de dormir, etc.) ouvi-la atentamente e partilhar experiências.
- Ser afetuoso e caloroso com abraços, beijos, toques no cabelo ou festas no rosto ajudam a criança a sentir-se segura e valorizada.
- Dar elogios específicos, descrever exatamente o comportamento que se pretende reforçar. Por exemplo, em vez de um genérico “muito bem!”, diga “Gostei de como arrumaste os brinquedos sozinho, está tudo no sítio certo!”
- Estabelecer regras claras e consistentes, tais como “depois de brincar com os brinquedos, guardamo-los na caixa para ficarem no mesmo sítio até à próxima brincadeira.”
- Se perder a paciência ou reagir mal, reconheça o erro e peça desculpa à criança. Assim, ensina responsabilidade emocional e fortalece a confiança.
- Usar disciplina assertiva, impor limites de forma calma, consistente e sem recorrer a punições físicas ou verbais (gritos ou palmadas). Por exemplo, propor alternativas como “não atires os brinquedos, vamos colocá-los na caixa juntos.”
- Organizar atividades em família estimulantes que promovam autonomia e aprendizagem, desde construir legos a pintar, cozinhar, etc.
- Falar de forma clara e acompanhar as palavras com gestos e expressões de forma coerente para não haver mensagens contraditórias.
- Alinhar regras entre pais, avós e cuidadores, para que a criança saiba exatamente o que esperar.
- Investir no próprio bem-estar dos pais para que haja maior equilíbrio pessoal, conjugal e social, e estejam disponíveis emocionalmente para a criança.
No fundo, a parentalidade positiva mostra que educar é mais do que impor regras ou castigos: é ensinar, orientar e acompanhar, com afeto e consistência. Assim, ajudamos as crianças a crescer confiantes, responsáveis e capazes de tomar decisões saudáveis.
Estilos parentais que vale a pena conhecer
Ao longo do tempo, os investigadores em desenvolvimento infantil tentaram compreender como o comportamento dos pais influencia o desenvolvimento dos filhos. Identificaram quatro estilos principais:
- Autoritário: regras rígidas, pouca compreensão. Pode gerar filhos obedientes, mas ansiosos ou inseguros.
- Democrático: regras claras, mas com diálogo e afeto. Associado a crianças mais confiantes e autónomas.
- Permissivo: afetuoso, mas com poucas regras. Pode levar a comportamentos desorganizados ou dificuldade em respeitar limites.
- Negligente: pouca exigência e pouca atenção. Risco de problemas emocionais e comportamentais.
A parentalidade positiva parte do estilo democrático, onde há um esforço acrescido pelo equilibro entre limites claros e afeto para promover a confiança e autonomia nas crianças.
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Perguntas frequentes sobre parentalidade
Aqui encontra as respostas para as dúvidas mais comuns.
Qual a diferença entre parentalidade positiva e educação parental?
A educação parental oferece ferramentas e estratégias para os pais lidarem com o dia a dia. A parentalidade positiva é uma abordagem específica dentro dessa educação, focada em criar um ambiente seguro, afetuoso e estruturado.
A parentalidade positiva significa ser permissivo?
Não. Envolve estabelecer limites claros e consistentes, mas sempre com respeito e sem recorrer à violência ou gritos.
E se eu errar ou perder a paciência?
Todos os pais cometem erros. O importante é reconhecer, pedir desculpa se necessário, e usar essas situações como oportunidade de ensinar e reforçar o comportamento positivo.
Existe uma idade certa para começar a parentalidade positiva?
Não. Pode e deve ser praticada desde os primeiros anos de vida, com a devida adaptação à idade e às necessidades da criança.