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Fora do prazo de validade: posso consumir ou não?

Uma leitura correta dos prazos de validade é um passo importante para evitar o desperdício. Mas será que pode consumir produtos fora do prazo?
Fora Do Prazo Validade

Atualizado a 03/12/2025

Além de ser uma estratégia essencial para combater o desperdício alimentar, interpretar corretamente os prazos de validade e sinais de frescura (cor, textura, cheiro e aspeto geral) nos produtos é crucial para garantir a segurança alimentar.

Ainda antes de interpretar a informação de validade nos rótulos, é importante referir que a data indicada na embalagem pode deixar de ser válida se o produto não for conservado de acordo com as indicações dadas na embalagem. Muitos alimentos embalados, em particular os mais perecíveis, depois de abertos perdem imediatamente a longevidade do prazo de validade.

Segundo a legislação, os produtos pré-embalados devem indicar um dos dois tipos de prazo de validade: a data de durabilidade mínima ou a data limite de consumo. Quando aplicável, devem também incluir condições especiais de conservação. Esteja atento aos rótulos dos seus produtos alimentares.

Que tipos de prazos de validade existem?


Nas embalagens de produtos pré-embalados pode encontrar dois tipos de prazo de validade. A seguir explicamos as diferenças entre elas e como interpretar cada uma.

Data de Durabilidade Mínima


É a data até à qual o alimento mantém as suas características específicas (sabor, textura, aroma), desde que respeitadas as condições de conservação indicadas no rótulo.

Como aparece no rótulo?

  • "Consumir de preferência antes de…" quando a data inclui o dia, mês e ano;
  • "Consumir de preferência antes do fim de…" quando indica apenas mês e ano.
Aplica-se a alimentos menos perecíveis, como massas, arroz, conservas e congelados.

Após esta data, o alimento pode perder qualidade, mas continua seguro para consumo, desde que bem conservado.

Data Limite de Consumo


É a data até à qual o alimento pode ser consumido com segurança. Após essa data, não deve ser consumido, pois pode representar risco para a saúde.

Como aparece no rótulo?

  • "Consumir até…" seguido do dia e mês (e eventualmente ano).
Aplica-se a alimentos muito perecíveis, como carne e peixe fresco e laticínios.

Após esta data, o alimento não é seguro e não deve ser comercializado nem ingerido.

E depois de abrir?


Além da data indicada na embalagem, verifique sempre a menção “Após abertura, conservar em (…) até” (nem sempre está perto do prazo de validade).

Esta informação indica quanto tempo o produto mantém qualidade e segurança depois de aberto e como deve ser conservado (ex.: no frigorífico, em recipiente fechado).

Já passou o prazo, posso consumir?


A iniciativa “Observar, Cheirar, Provar” é uma parceria entre o Continente e a Too Good To Go e pretende ajudar a identificar e compreender a validade.

O selo foi desenvolvido pela Too Good To Go e aplicado pelo Continente nos produtos de marca própria com Data de Durabilidade Mínima (“Consumir de preferência antes de…” ou "Consumir antes do fim de..."), que indica qualidade máxima, não segurança, para ajudar os consumidores a interpretarem melhor as datas e reduzirem o desperdício alimentar. Também pode ser usado em alimentos não embalados.

Mesmo que o produto tenha ultrapassado a data de durabilidade mínima ou já tenha sido aberto, os seus sentidos podem ajudar a avaliar se o produto está apto para consumo. Antes de consumir, siga estes passos simples:

  • Observe: procure alterações na cor, textura ou sinais de bolor. Se houver, descarte, e se possível, coloque na compostagem;
  • Cheire: o aroma é muito característico dos alimentos e um bom indicador da sua qualidade. Se estiver estranho ou desagradável, não consuma;
  • Prove: se passou nos testes anteriores, prove uma pequena porção para confirmar se mantém o sabor característico.
Lembre-se: este método aplica-se apenas a alimentos com Data de Durabilidade Mínima.

Para o ajudar, selecionamos alguns produtos e ideias para testar a sua frescura:

Ovo


Coloque o ovo num recipiente com água e observe:

  • Se o ovo se afundar horizontalmente na água é porque está fresco e apto para consumo;
  • Se ficar na vertical, no fundo do recipiente, é porque ainda está bom, mas menos fresco. Deve ser consumido rapidamente e bem cozinhado;
  • Se flutuar na água, o ovo já não está em condições, por isso não o deve consumir.

Iogurte


Normalmente, quando um iogurte está estragado a tampa fica inchada. Depois de abrir a tampa pode confirmar pela textura e pelo cheiro. Se a textura estiver alterada (grumos, separação excessiva de líquido) ou cheiro estranho ou desagradável, não deve consumir.

Pão


O alerta mais evidente no pão é a presença de bolor, visível através de pequenas manchas verdes, cinzentas ou até pretas na superfície. Se tiver bolor, não consuma, mesmo que seja apenas numa parte do pão. Os fungos podem espalhar-se internamente, mesmo que não sejam visíveis. Nunca tente remover apenas a parte com bolor.

Dica: conserve o pão em local seco e arejado ou congele para prolongar a durabilidade.

Carne


Este é um produto a que deve dar especial atenção. O cheiro da carne estragada é facilmente identificado, por ser muito forte. Mas existem outros sinais que põem em causa a frescura e o seu consumo. Carne com uma textura viscosa ou pegajosa, ou com a cor alterada (tons cinzentos, esverdeados ou com manchas estranhas) não deve ser consumida.

A carne é um dos produtos com Data Limite de Consumo, pelo que não deve ser consumida após essa data.

Peixe


No caso do peixe (cru ou cozinhado) é importante ter atenção ao cheiro e à cor. Se tiver um odor muito intenso e tons amarelados ou acastanhados, não deve consumir. Quando cru, pode perceber a frescura pela opacidade dos olhos do peixe: quanto menos brilhantes e mais opacos, menos fresco está o peixe.

Tal como a carne, o peixe tem Data Limite de Consumo.

Fruta e hortícolas


Se a fruta ou legume apresentar zonas mais moles, com bolor ou cor alterada, retire estas partes contaminadas e aproveite o resto para sumos, panquecas ou sopas, por exemplo.

Não deve aproveitar quando o bolor está espalhado, quando o alimento é muito húmido e tem bolor (ex: frutos vermelhos e tomate) e quando há um cheiro estranho ou textura viscosa.

Conservar no frio: 8 recomendações a ter em conta


1. Temperatura certa, sempre: mantenha o frigorífico entre 0 ºC e 5 ºC (ideal 2–4 ºC), para retardar crescimento bacteriano, e o congelador a -18 ºC ou menos para manter qualidade e segurança. Evite encher demasiado, pois o ar frio precisa de circular.

2. Fora da “zona de perigo”: as bactérias multiplicam-se rapidamente entre 5 ºC e 60 ºC. Por isso, não deixe alimentos perecíveis mais de duas horas fora do frio.

3. Arrefecer depressa antes de refrigerar: não coloque alimentos a ferver no frigorífico. Divida em porções e acondicione-as em caixas herméticas para alimentos. Como nesse processo já vai arrefecendo, a seguir já pode refrigerar.

4. Separar crus de cozinhados e tapar tudo: guarde carne e peixe crus em recipientes fechados, separados de alimentos prontos a comer. Tapar reduz a contaminação cruzada e ajuda a manter a humidade. É uma das 4 regras básicas de higiene e segurança alimentar: manter limpo (clean), separar (separate), cozinhar (cook) e refrigerar (chill).

  • Manter limpo (Clean):
    • Lave as mãos antes e depois de manusear alimentos;
    • Higienize utensílios, tábuas e superfícies com frequência.
  • Separar (Separate):
    • Mantenha carne, peixe e ovos crus separados dos alimentos prontos a consumir;
    • Use utensílios (tábuas, facas de corte, colheres) diferentes para crus e cozinhados.
  • Cozinhar (Cook):
    • Garanta que os alimentos atingem temperaturas seguras (~70 ºC durante 2 minutos);
    • Evite deixar zonas frias ao aquecer sobras.
  • Refrigerar (Chill):
    • Arrefeça rapidamente e coloque no frio em até 2 horas;
    • Mantenha o frigorífico entre 0 ºC e 5 ºC e o congelador a -18 ºC.
5. Organização que evita desperdício: coloque à frente (seja no armário, despensa, frigorífico ou congelador) os produtos com prazo mais curto (FIFO: first in, first out) e rotule caixas com nome e data. Assim, usa primeiro o que tem de ser consumido mais cedo e reduz o risco de esquecer sobras no fundo do frigorífico.

6. Congelar bem (e na altura certa): divida em porções, embale bem (com menos ar possível) e rotule antes de congelar. Pode congelar até à meia-noite do dia “Consumir até”. Uma vez descongelado, trate o alimento como fresco.

7. Descongelar em segurança: idealmente, descongele os alimentos dentro do frigorífico (de um dia para o outro, por exemplo) ou no microondas em modo “descongelar”. Coloque o alimento sobre um tabuleiro ou prato fundo para conter o exsudado (líquido que sai durante o descongelamento) e evitar que contamine outros alimentos no frigorífico. Não o faça à temperatura ambiente. Depois de totalmente descongelado, use no prazo de 24 horas. Não volte a congelar alimentos crus descongelados.

8. Depois de abrir latas: transfira sempre o que sobra para um recipiente não metálico e bem tapado. Esta prática ajuda a preservar a qualidade, o sabor e a segurança do alimento. Não se esqueça: siga sempre as instruções do rótulo sobre como conservar e o prazo de consumo após a abertura.

Sobras: prazos de validade e cuidados a ter ao reaquecer


1. Arrefecer rapidamente e refrigerar em até 2 horas: as sobras devem sair da zona de perigo (5 ºC a 65 ºC) para evitar multiplicação de bactérias.

2. Divida em porções pequenas e use caixas baixas, para acelerar o arrefecimento. Evite deixar panelas ao calor da cozinha “a descansar”.

3. Prazo de consumo: as sobras no frigorífico devem ser consumidas até 48 horas após a confeção. Se foram congeladas e depois descongeladas, deve consumir em 24 horas após reaquecer devidamente.

4. Reaquecer bem: evite deixar zonas frias de comida. Como referência técnica tenha os 70 ºC durante 2 minutos (ou superior). Sirva de imediato.

5. Reaquecer apenas uma vez: planeie porções individuais para evitar múltiplos ciclos de aquecimento e arrefecimento.

Tome Nota!


A interpretação correta dos prazos da validade contribui para reduzir o desperdício alimentar, garantir higiene e segurança alimentar e ainda poupar no orçamento familiar. Conheça algumas das iniciativas da Missão Continente.

✅ Este artigo foi aprovado pela Equipa de Nutrição do Continente.