Uma receita da minha querida avó que faz as delícias de todos os convidados cá de casa. Quando íamos à terra tínhamos de nos desdobrar entre refeições na casa das duas avós: a avó Zefa e a avó Catarina. Era um "ai Jesus" se não fôssemos a casa das duas comer. Se uma nos convidava para almoçar tínhamos de ir jantar a casa da outra.
Voltávamos quase sempre por volta das 17h e, quando nos íamos despedir da avó Zefa, tínhamos sempre uma mesa farta à nossa espera, inclusive esta iguaria para o lanche. Dizia ela que "era para a viagem"!
Apesar de termos almoçado há muito pouco tempo, a mesa do lanche na casa da avó Zefa era sempre como um banquete alentejano (de lanche não tinha nada): desde migas ou toucinho cozido para barrar no pão, ao arroz tostado e a canja de galinha. Trazíamos sempre na mala do carro um belo de um pão alentejano, um garrafão de azeite e umas garrafas de vinho.
Hoje já não dá para fazer isso. Foram ambas embora, uma num ano e a outra no outro, faz 3 anos. Irei manter esta receita viva para toda a minha vida.